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Page 57
Eu esperava a cada hora o chamamento para o oratorio, e dizia comigo:
Fallarei a Jesus Christo.
Sem pavor, premeditava nas setenta horas d'essa agonia moral, e antevia
consola�es que o crime n�o ousa esperar sem injuria da justi�a de Deus.
Mas chorava por ti, Thereza! O travor do meu calix tinha sobre a sua
amargura as mil amarguras das tuas lagrimas.
Gemias aos meus ouvidos, martyr! V�r-me-ias sacudido nas convuls�es da
morte, em teus delirios. A mesma morte tem terror da suprema desgra�a.
Tarde morrerias. A minha imagem, em vez de te acenar com a sua palma de
martyrio, te seria um fantasma levantado das t�boas d'um cadafalso.
Que morte a tua, � minha santa amiga!�
E proseguiu at� ao momento em que Jo�o da Cruz, com ordem do intendente
geral da policia, entrou no quarto.
--Aqui!--exclamou Sim�o, abra�ando-o--E Marianna? deixou-a s�sinha?!
morta, talvez?!
--Nem s�sinha, nem morta, fidalgo! O diabo nem sempre est� atraz da
porta... Marianna voltou ao seu juizo.
--Falla a verdade, senhor Jo�o?
--Pod�ra mentir!... Aquillo foi coisa de bruxaria em quanto a mim...
Sangrias, sedenhos, agua fria na cabe�a, e exorcismos do missionario,
n�o lhe digo nada, a rapariga est� escorreita, e assim que tiver um
todonada de for�as bota-se ao caminho.
--Bemdito seja Deus!--exclamou Sim�o.
--_Amen_--accrescentou o ferrador--Ent�o que arranjo � este de casa? Que
breca de tarimba � esta?! Quer-se aqui uma cama de gente, e alguma coisa
em que um christ�o se possa sentar.
--Isto assim est� excellente.
--Bem vejo... E de barriga? como vamos n�s de barriga?
--Ainda tenho dinheiro, meu amigo.
--Ha de ter muito, n�o tem duvida: mas eu tenho mais, e v. s.^a tem
ordem franca. Veja l� esse papel.
Sim�o leu uma carta de D. Rita Preciosa, escripta ao ferrador, em que o
authorisava a soccorrer seu filho com as necessarias despezas,
promptificando-se a pagar todas as ordens que lhe fossem apresentadas
com a sua assignatura.
--� justo--disse Sim�o, restituindo a carta--porque eu devo ter uma
legitima.
--Ent�o j� v� que n�o tem mais que pedir por b�ca. Eu vou comprar-lhe
arranjos...
--Abra-me o seu nobre cora��o para outro servi�o mais valioso--atalhou o
pr�so.
--Diga l�, fidalgo.
Sim�o pediu-lhe a entrega de uma carta em Monchique a Thereza de
Albuquerque.
--O berzabum parece-me que as arma!--disse o ferrador--Venha de l� a
carta. O pae d'ella est� c�, j� sabia?
--N�o.
--Pois est�; e, se o diabo o traz � minha beira, n�o sei se lhe darei
com a cabe�a n'uma esquina. J� me lembrou de o esperar no caminho, e
pendural-o pelo gasnete no galho d'um sobreiro... A carta tem resposta?
--Se lh'a derem, meu bom amigo.
Chegou o ferrador a Monehique, a tempo que um official de justi�a, dois
medicos, e Thadeu de Albuquerque entravam no p�teo do convento.
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