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Page 53
--Quem, minha senhora?!
--Sim�o, o Sim�o vem para o Porto.
A criada julgou que sua ama delirava; mas n�o a contrariou.
--Teve carta d'elle a fidalga?--tornou ella, cuidando que assim lhe
alimentava aquelle instante de febril contentamento.
--Tive... queres ouvir?... eu leio...
E leu a carta, com grande pasmo de Constan�a, que se convenceu.
Agora vamos rezar, sim?... Tu n�o �s inimiga d'elle, n�o? Olha,
Constan�a, se eu casar com elle, tu vaes para a nossa companhia. Ver�s
como �s feliz. Queres ir, n�o queres?
--Sim, minha senhora, vou; mas elle conseguir� livrar-se da morte?
--Livra; tu ver�s que livra; o pae d'elle ha de livral-o... e a Virgem
Santissima � que nos ha de unir. Mas se eu morro... se eu morro, meu
Deus!
E com as m�os convu�samente enla�adas sobre o seio, Thereza archejava em
pranto.
--Se eu n�o tenho j� for�as!... todos dizem que eu morro, e o medico j�
nem me receita!... Ent�o melhor me f�ra ter acabado antes d'esta hora!
Morrer com esperan�as, � m�e de Deus!...
E ajoelhou ante o retabulo devoto, que trouxera do seu quarto de Vizeu,
ao qual sua m�e e av� j� tinham orado, e em cujo rosto compassivo os
olhos das duas senhoras moribundas tinham fixado os seus ultimos raios
de luz.
IV.
Annunci�ra-se Thadeu de Albuquerque na portaria de Monchique, ao dia
seguinte dos anteriores successos.
Sua prima, primeira senhora que lhe sahiu ao locutorio, vinha enxugando
lagrimas de alegria.
--N�o cuide que eu choro de afflicta, meu primo--disse ella--O nosso
anjo, se Deus quizer, pode salvar-se. Logo de manh� a vi a passear por
seu p� nos dormitorios. Que differen�a de semblante ella tem hoje! Isto,
meu primo, � milagre de duas santas, que temos inteiras na claustra, e
com as quaes algumas perfeitas creaturas d'esta casa se apegaram. Se as
melhoras continuarem assim, temos Thereza; o ceu consente que esteja
entre n�s aquelle anjo mais alguns annos...
--Muito folgo com o que me diz, minha boa prima--atalhou o fidalgo--A
minha resolu��o � leval-a j� para Vizeu, e l� se restabelecer� com os
ares patrios, que s�o muito mais sadios que os do Porto.
--� ainda c�do para t�o longa e custosa jornada, meu primo. N�o v� o
senhor cuidar que ella est� capaz de se metter ao caminho. Lembre-se que
ainda hontem pensamos em encontral-a hoje morta. Deixe-a estar mais
alguns mezes; e depois n�o digo que a n�o leve; mas por em quanto n�o
consinto semelhante imprudencia.
--Maior imprudencia--replicou o velho--� conserval-a no Porto, onde a
estas horas deve estar o malvado matador de meu sobrinho. Talvez n�o
saiba a prima?... Pois � verdade: o patife do corregedor sahiu a campo
em defeza d'elle, e conseguiu que o tribunal da Rela��o lhe aceitasse a
appella��o da senten�a, passado o prazo da lei; e, n�o contente com
isto, fez que o filho fosse removido para as cad�as do Porto. Eu agora
trabalho para que a senten�a seja confirmada, e espero conseguil-o; mas,
em quanto o assassino aqui estiver, n�o quero que minha filha esteja no
Porto.
--O primo � pae, e eu sou apenas uma parenta---disse a
abbadessa--cumpra-se a sua vontade. Quer v�r a menina, n�o � assim?
--Quero, se � poss�vel.
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