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Page 42
--Que diz este patife?!--exclamou Thadeu.
--Vem aqui insultal-o, meu tio!--respondeu Balthazar--Tem a petulancia
de se apresentar a sua filha a confortal-a na sua malvadez! Isto � de
mais! Olhe que eu esmago-o aqui, su vill�o!
--Vill�o � o desgra�ado, que me amea�a, sem ousar avan�ar para mim um
passo--redarguiu o filho do corregedor.
--Eu n�o o tenho feito--exclamou enfurecidamente Balthazar--por entender
que me avilto, castigando-o, na presen�a de criados de meu tio, que tu
p�des supp�r meus defensores, canalha!
--Se assim �--tornou Sim�o, sorrindo--espero nunca me encontrar de rosto
com s. s.^a. Reputo-o t�o covarde, t�o sem dignidade, que o hei de
mandar azorragar pelo primeiro ganha-p�o das esquinas.
Balthazar Coutinho lan�ou-se de impeto a Sim�o. Chegou a apertar-lhe a
garganta nas m�os; mas depressa perdeu o vigor dos dedos. Quando as
damas chegaram a interp�r-se entre os dois, Balthazar tinha o alto do
craneo aberto por uma bala, que lhe entr�ra na fronte. Vacillou um
segundo, e cahiu desamparado aos p�s de Thereza.
Thadeu de Albuquerque gritava a altos brados. Os liteireiros e criados
rodearam Sim�o, que conservava o dedo no gatilho da outra pistola.
Animados uns pelos outros e pelos brados do velho, iam lan�ar-se ao
homicida, com risco de vida, quando um homem, com um len�o pela cara,
correu da rua fronteira, e se collocou, de bacamarte aperrado, � beira
de Sim�o. Estacaram os homens.
--Fuja, que a �gua est� ao cabo da rua--disse o ferrador ao seu hospede.
--N�o fujo... Salve-se, e depressa--respondeu Sim�o.
--Fuja, que se ajunta o povo, e n�o tardam ahi soldados.
--J� lhe disse que n�o fujo--replicou o amante de Thereza, com os olhos
postos n'ella, que cahira desfallecida sobre as escadas da igreja.
--Est� perdido!--tornou Jo�o da Cruz.
--J� o estava. V�-se embora, meu amigo, por sua filha lh'o rogo. Olhe
que p�de ser-me util; fuja...
Abriam-se todas as portas e janellas, quando o ferrador se lan�ou na
fuga, at� cavalgar a egua.
Um dos visinhos do mosteiro, que, em raz�o de seu officio, primeiro
sahiu � rua, era o meirinho geral.
--Prendam-no, prendam-no, que � um matador!--exclamava Thadeu de
Albuquerque.
--Qual?--perguntou o meirinho geral.
--Sou eu--respondeu o filho do corregedor.
--V. s.^a!--disse o meirinho espantado; e, approximando-se, accrescentou
a meia voz--venha, que eu deixo-o fugir.
--Eu n�o fujo--tornou Sim�o.--Estou pr�so. Aqui tem as minhas armas.
E entregou as pistolas.
Thadeu de Albuquerque, quando se recobrou do spasmo, fez transportar a
filha a uma das liteiras, e ordenou que dois criados a acompanhassem ao
Porto.
As irm�s de Balthazar seguiram o cadaver de seu irm�o para casa do tio.
SEGUNDA PARTE.
I.
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