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Page 19
--Alto ahi!
O ferrador disse ao cunhado:
--Falla-lhe tu, que eu n�o quero que elle me conhe�a.
--Quem manda fazer alto?--disse o arreeiro.
--S�o tres clavinas--respondeu Balthazar.
--Olha se os demoras a dar tempo que o doutor saia--disse Jo�o da Cruz
ao ouvido do arreeiro.
--Pois n�s c� estamos parados--replicou o criado de Sim�o.--Que nos
querem voc�s?
--Quero saber o que tem que fazer n'este sitio.
--E voc�s que fazem por c�?
--N�o admitto perguntas--disse o de Castro-d'Aire, aventurando alguns
passos vacilantes para a frente.--Quero saber quem s�o.
Mestre Jo�o disse ao ouvido do cunhado:
--Diz-lhe que se d� mais um passo que o arrebentas.
O arreeiro repetiu a clausula, e Balthazar parou.
Um dos criados d'este chamou-o ao lado para lhe dizer que aquelle dos
dois, que n�o fallava, parecia ser o Jo�o da Cruz. O morgado duvidou, e
quiz esclarecer-se; mas o ferrador ouvira as palavras do criado, e disse
ao cunhado:
--Vem comigo, que elles conhecem-me.
Dizendo, voltou as costas ao grupo, e caminhou ao longo do quintal de
Thadeu de Albuquerque. Os criados de Balthazar, gloriosos da retirada,
como de uma derrota certa, apressaram o passo na cola dos suppostos
fugitivos. O morgado ainda lhes disse que os n�o seguissem; mas elles,
momentos antes covardes, queriam desforrar-se agora, correndo ap�s o
inimigo tanto quanto lhe tinham fugido antes.
Sim�o Botelho ouvira os passos ligeiros dos seus homens, e, compellido
pelo susto de Thereza, abrira a porta do quintal, sem saber ainda quem
elles fossem. Jo�o da Cruz, com ar galhofeiro, j� quando os
perseguidores se viam, disse ao filho do corregedor, se estava ajustado
o casamento, que n�o havia panno para mangas.
Sim�o entendeu o perigo, apertou convulsamente a m�o de Thereza, e
retirou-se. Queria elle reconhecer os dois vultos parados a distancia;
mas Jo�o da Cruz, com o tom imperioso de quem obriga � submiss�o, disse
ao filho do corregedor:
--V� por onde veio, e n�o olhe para traz.
Sim�o foi indo at� encontrar o cavallo. Montou, e esperou os dois
inalteraveis guardas que o seguiam a passo vagaroso. Maravilhara-os o
subito desapparecimento dos criados de Balthazar, e recearam-se de
alguma espera f�ra da cidade. O ferrador conhecia o atalho que podia
levar os da emboscada ao caminho, e revelou o seu receio a Sim�o,
dizendo-lhe que picasse a toda a brida, que elle e o cunhado l� iriam
ter. O academico recebeu com enfado a advertencia, admoestando-os a que
o n�o tivessem em t�o vil pre�o. E acintemente soffreou as r�deas, para
n�o for�ar os homens a aligeirar o passo.
--V� como quizer--disse mestre Jo�o--que n�s vamos por f�ra do caminho.
E subiram a uma rampa de olivaes, para tornarem a descer encubertos por
moitas de giestas, cozendo-se aos torcicolos d'uma parede parallela com
a estrada.
--O atalho vai acol� onde a serra faz aquelle cotov�llo--disse o
ferrador ao cunhado--h�o de alli passar, ou j� passaram. A estrada vai
mesmo na quebrada d'aquelle outeirinho. Os homens � d'alli que lhe v�o
atirar, encobertos pelos sobreiros. Vamos depressa...
E um pouco descobertos, e outro curvados � sombra das dev�zas, chegaram
a um vallado d'onde ouviram os passos dos dois homens que atravessavam o
pontilh�o de um c�rrego.
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