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Page 3
QUINTILHAS
_Offerecidas ao Illustrissimo, e Excellentissimo Senhor Marquez do
Lavradio_.
Se os Versos, que outra ora fiz
Escutastes prompto, e attento;
E se aos p�s, que abra�ar quiz,
Achou grato acolhimento
A minha Muza infeliz;
Dai-me benignos ouvidos
A outros, em d�r tra�ados,
D'arte, e de enfeite despidos;
Pela verdade dictados,
E a v�s, Senhor, dirigidos;
Em louvores n�o os fundo,
Pois sei que sempre os pizastes;
E co'as mais ac�es confundo
As do tempo, em que tomastes
As r�deas do Novo Mundo;
Mas se eu disser parte dellas,
N�o me julgueis lizonjeiro;
Que vos poupo em n�o dizellas?
Se vedes, que o Mundo inteiro
As vai erguendo �s Estrellas?
Diz que vio a Capital
Cheia de pompa, e grandeza;
E que a ergueis a lustre tal
D'entre os bra�os da molleza,
Que he no Clima natural.
Que nas m�os, onde se encerra
Alto Poder respeitozo,
Mostraste na nova Terra
Ao Vizinho revoltozo,
N'uma a paz, em outra a guerra.
Que offreceis a vida ent�o
Para a palavra salvar-se,
Que, os bons Reis n�o d�o em v�o;
Ac��o digna de contar-se
Entre as de Mario, ou Cat�o;
Que a m�o que as Quinas volt�a,
Justi�a ao Povo reparte;
E que igualmente men�a,
Ora as Bandeiras de Marte,
Ora as Balan�as de Asti�a;
Mas j� vossa austeridade
Minha narra��o reprime;
Ouvis-me contra vontade;
Perdoai, Senhor, hum crime,
De que foi causa a verdade;
Pois que vos n�o d�o desvelos
Louvores, que pr�za a gente,
Eu vou, Senhor, suspendellos;
E vou dar-vos novamente
Motivos de merecellos.
A minha longa fadiga
J� sabeis qual he, Senhor;
Levai-me a bem, que a n�o diga;
Deixai-me poupar a d�r
De abrir huma chaga antiga.
Pintar Irmans desgrenhadas
Co'as crean�as innocentes.
Nos d�beis bra�os al�adas,
E de lagrimas ardentes,
Quasi sem fruto, banhadas.
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