Obras poéticas by Nicolau Tolentino


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Page 4

Mostrar-lhe os olhos magoados,
Onde inutil pranto assiste,
Immoveis no ch�o pregados,
Nutrindo hum silencio triste,
Falsa paz dos desgra�ados;

Contar-vos, que entre os Irm�os,
Diz o bom Pai, com ternura,
Que ao Ceo levantem as m�os;
Que assim se emenda a ventura,
E n�o com queixumes v�os:

Que he do espirito fraqueza
Perder suspiros no vento;
Que ven��o a natureza;
Que fa��o co'soffrimento
Honroza a dura pobreza;

N�o lhe ver de dor sinais;
Ter no rosto olhos serenos,
E no peito agudos ais;
Que porque se escut�o menos,
Por isso me c�rt�o mais:

Dar-vos huma inteira id�a
Da desgra�a minha, e delles,
Pintura de pranto ch�a;
Se he preciza, he para aquelles,
A quem n�o d�e dor alh�a.

As almas t�o bem nascidas,
Como a vossa vejo ser,
Para serem condo�das,
N�o tem preciz�o de ver
Correr sangue das feridas;

Sabeis, que soffro a impiedade
De v� fortuna traidora;
Mudai pois de heroicidade;
Vinde pleitear agora
A cauza da humanidade;

Por v�s tirar n�o podeis
Penas, que a alma me abaf�r�o;
Mas ante o Throno valeis;
E se o Sceptro vos fi�r�o,
Que vos negar�o os Reis?

Reger-lhe os vastos Estados,
Ir dar-lhe hum novo esplendor,
S�o feitos famigerados;
Mas inda o ser� maior
Ir pedir por desgra�ados,

Disse a Cezar o Orador,
Que os Soldados tinh�o parte
No perigo, e no louvor;
Que fosse em outro Estendarte
Elle s� o Vencedor;

Que era, de doce brandura
O deixar-se ent�o vencer,
M�r victoria, e mais segura;
Onde n�o tinh�o poder
Nem ferro, nem m� ventura.

Vencei v�s sem ter Soldados;
Fazei de dias de dor
Dias bemaventurados;
E possa essa m�o, Senhor,
Mais do que podem meus fados;

Claros Av�s imitastes,
Que o Mundo apenas abrange;
No ber�o palmas achastes;
Dos Her�es que vio o Gange,
O sangue, e as ac�es herdastes;

Remotos Povos venc�r�o,
E mares bravos abrindo;
As Quinas desenvolv�r�o;
Ante eles o Gange, e o Indo,
Tintos de sangue corr�r�o.

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Books | Photos | Paul Mutton | Thu 9th Jan 2025, 2:02