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Page 19
--Generala, o d�ce paiz de Mignon � a Italia: _Conheces tu a terra
privilegiada onde a laranjeira d� flor_? O divino Goethe referia-se �
Italia, _Italia mater_... A Italia ser� o eterno amor da humanidade
sensivel!
--Eu prefiro a Fran�a!--suspirou a esposa do primeiro secretario, uma
bonecasinha sardenta, de cabello arruivascado.
--Ah! a Fran�a!...--murmurou um addido, revirando um bugalho d'olho
ternissimo.
O gordo Meriskoff ageitou os oculos d'oiro:
--A Fran�a tem um mal, que � a Quest�o social...
--Oh! a Quest�o social!--rosnou sombriamente Camilloff.
--Ah! a Quest�o social!...--considerou ponderosamente o addido.
E discreteando com tanta sapiencia, cheg�mos por fim ao caf�.
Ao descer ao jardim, a generala, apoiando-se sentimentalmente ao meu
bra�o, murmurou-me, junto � face:
--Ai, quem me dera viver n'esses paizes apaixonados, onde verdejam os
laranjaes!...
--� l� que se ama, generala--segredei-lhe eu, levando-a d�cemente para a
escurid�o dos sycomoros...
V
Foi necessario todo um longo ver�o para descobrir a provincia onde
residira o defunto Ti-Chin-F�!
Que episodio administrativo t�o pittoresco, t�o chinez! O servi�al
Camillof, que passava o dia inteiro a percorrer os Yamens do Estado,
teve de provar primeiro que o desejo de conhecer a morada d'um velho
Mandarim n�o encobria uma conspira��o contra a seguran�a do Imperio; e
depois foi-lhe ainda preciso jurar que n�o havia n'esta curiosidade um
attentado contra os Ritos sagrados! Ent�o, satisfeito, o principe Tong
permittiu que se fizesse o inquerito imperial: centenares d'escribas
empallideceram noite e dia, de pincel na m�o, desenhando relatorios
sobre papel d'arroz; mysteriosas conferencias sussurraram
incessantemente por todas as reparti�es da Cidade Imperial, desde o
Tribunal astronomico at� ao Palacio da Bondade Preferida; e uma
popula��o de koulis transportava da lega��o russa para os kiosques da
Cidade Interdicta, e d'ahi para o Pateo dos Archivos padiolas estalando
ao peso de ma�os de documentos vetustos...
Quando Camilloff perguntava _pelo resultado_, vinha-lhe a resposta,
satisfactoria que se estavam consultando os Livros Santos de L�-o-Ts�,
ou que se iam explorar velhos textos do tempo de Nor-ha-ch�. E para
calmar a impaciencia bellica do russo, o principe Tong remettia, com
estes recados subtis, algum substancial presente de confeitos recheados,
ou de gomos de bamb� em calda d'assucar...
* * * * *
Ora em quanto o general trabalhava com fervor para encontrar a familia
Ti-Chin-F�,--eu ia tecendo horas de s�da e oiro (assim diz um poeta
japonez) aos p�s pequeninos da generala...
Havia um kiosque no jardim sob os sycomoros, que se denominava, �
maneira chineza, do _Repouso discreto_:--ao lado um arroio fresco ia
cantando d�cemente sob uma pontesinha rustica pintada de c�r de rosa. As
paredes eram apenas um gradeado de bamb� fino forrado de s�da c�r de
ganga: o sol, passando atrav�s d'ellas, fazia uma luz sobrenatural de
opala desmaiada. Ao centro afofava-se um divan de s�da branca, d'uma
poesia de nuvem matutina, attrahente como um leito nupcial. Aos cantos,
em ricas jarras transparentes da �poca de Yeng, erguiam-se, na sua
gentileza aristocratica, lirios escarlates do Jap�o. Todo o soalho
estava recoberto d'esteiras finas de Nankin; e junto � janella
rendilhada, sobre um airoso pedestal de sandalo, pousava aberto ao alto
um leque formado de laminas de crystal separadas, que a aragem entrando
fazia vibrar, n'uma modula��o melancolica e terna.
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