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Page 16
CAPITULO XIV
_Como El-Rei Dom Affonso de Castella quitou ao Ifante D. Diniz seu neto
a obriga��o do Algarve, e a soltou a Portugal levemente para sempre_
E porque a este tempo o Ifante D. Diniz herdeiro filho del-Rei de
Portugal, posto que fosse mo�o era j� em idade para poder caminhar,
El-Rei, e a Rainha seus padres acordaram de o enviar, como enviaram
muito honradamente a Castella a visitar El-Rei Dom Affonso seu av�, para
lhe ter em merc� a doa��o, e aven�as passadas, e assi para lhe pedir
relevamento das mais obriga�es, e servi�o dos cincoenta Cavalleiros, e
assi com mui nobre companhia chegou a Sevilha onde achou El-Rei, que o
recebeo, e agazalhou com muitas festas, e honras, e com sinaes de grande
amor, a quem o Ifante Dom Diniz passados os comprimentos, e visita�es,
e bem ensinado da instru��o, que levava pedio por merc� a El-Rei seu
av�, que daquella obriga��o dos cincoenta Cavalleiros, e assi de
qualquer outra que tocasse ao Algarve, quizesse para sempre relevar a
El-Rei Dom Affonso seu padre, e a elle, e aos que delle decendessem, na
qual cousa segundo a Coronica de Castella conta, El-Rei esteve algum
pouco suspenso, e com os grandes de seu Reino quiz poer o caso em
Conselho, no qual por s� Dom Nuno de Lara com rez�es que pareciam
onestas, e de bem de seus Reinos ouve alguma contradi��o, mas os outros,
que logo conheceram a vontade del-Rei, que era satisfazer em todo a seu
neto, todos lhe aprovaram, e louvaram, e sobre este assento andando o
Ifante Dom Diniz com El-Rei seu av� foram a Jaem, donde houve por bem
que o Ifante se tornasse, como tornou a Portugal, e lhe mandou dar uma
carta que trouxe para El-Rei seu padre, escrita em pergaminho em
palavras Castelhanas, e asselada de seu selo pendente das Armas de
Castella, e de Li�o, que tornadas fielmente em Portuguez por mim
Coronista, que a propria Carta vi, diziam nesta maneira.
�Saibam quantos esta Carta virem, como eu Dom Affonso pola gra�a de Deos
Rei de Castella, e de Toledo, e de Li�o, de Galiza, de Sevilha, de
Cordova, de Murcia, e de Jaem, quito para sempre a v�s Dom Affonso per
essa mesma gra�a Rei de Portugal, e do Algarve, a menagem que fizestes a
mim por carta, ou por cartas, e a Dom Luis meu irm�o, em meu nome, para
fazer a mim comprir os preitos, e posturas, e as conven�as, que foram
postas antre mim, e v�s, e Dom Diniz, e os outros vossos filhos, e
vossos herdeiros, por rez�o dos cincoenta Cavalleiros, que a mim deviam
ser feita em meus dias pelo Algarve, a qual ajuda, e os quaes preitos, e
posturas, e menagens em qualquer maneira que fossem feitas assi por
Cartas, como sem Cartas, eu quito para sempre a voz, e Dom Diniz, e aos
outros vossos filhos, e herdeiros que nunca por esso a mim, nem a outrem
por mim, v�s nem elles, nem outrem por v�s sejaes, nem sejam teudos de
nhuma couza por rez�o dos Castellos, nem da terra do Algarve, que vos
dei, e outorguei, que se alguma Carta, ou Cartas parecer, ou parecerem
sobre a menagem, ou menagens, ou sobre preitos, ou posturas, ou aven�as,
ou sobre o servi�o, ou ajuda que a mim devesse ser feito, ou feita pelos
Castellos, ou pola terra do Algarve, que desdaqui em diante nunca
valham, e sejam quebrados, e de nhuma formid�o, e renuncio, e quito todo
o direito, e toda demanda, que eu haveria, ou haver poderia por esta
Carta, ou por essas Cartas contra v�s ou contra Dom Diniz, ou contra os
outros vossos filhos, ou vossos herdeiros, ou contra os Cavalleiros que
tivessem, ou tiveram os Castellos do Algarve em tal guiza, que nunca a
mim essa Carta, ou Cartas possa nem possam preitar, nem a outrem por
mim, nem a v�s, nem Dom Diniz, nem a vossos filhos, nem a vosssos
herdeiros, nem aos sobreditos Cavalleiros empecer, e em testemunho da
sobredita couza, dou a v�s sobredito Rei de Portugal e do Algarve esta
minha Carta aberta asselada de meu selo de chumbo, que tenhais em
testemunho, feita a Carta em Jaem por nosso mandado Sabbado sete dias do
mez de Maio de mil e duzentos e sessenta e sete annos, e eu Mil�o Peres
a fiz escrever�.
CAPITULO XV
_Da morte do mestre Dom Payo Correa, e das causas que houve para El-Rei
D. Affonso de Castella, pai da Rainha de Portugal ser desobedecido, e
como foi ajudado de Portugal, que foi fundamento para se acrecentarem a
Portugul os Lugares de riba Dodiana_
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