Obras poéticas by Nicolau Tolentino


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Page 8

Justo Tempo, eu aben��o
O teu poder desigual;
E em honra de tantos bens,
Eu te perdoo o meu mal;

Cem vezes nas tuas azas
Nos mande este dia o Ceo;
As Virtudes o consagrem
Nos altares de Hymen�o.

E V�s, Illustre Senhora,
Perdoai Coletes rotos;
Valem mais, que inuteis sedas,
Puro incenso, puros votos;

Quiz mandallos em bons versos;
Suou em v�o meu topete;
Fui achar a minha Muza
Como achei o meu Colete.




_A' Illustrissima, e Excellentissima Senhora Marqueza de Alegrete,
quando lhe nasceo huma Filha_.


Senhora, he couza sabida,
Que aos Deozes n�o s�o vedados
Os escondidos segredos
Do escuro livro dos Fados;

E pois que em tempos antigos
J� tive alguma valia
Co'aquelle, a quem coube em forte
O governo da Poezia;

N�o esperando do Tempo
O vagarozo progresso,
E desejando augurar-vos
O vosso feliz successo;

Na raiz do alto Parnazo,
Curvando o humilde joelho,
Exclamei = Se aqui se escut�o
Votos de hum Poeta velho,

N�o te pe�o, esquivo Apollo,
Teus verdes, sagrados loiros;
N�o aspir�o a coroas
Desta testa os velhos coiros;

Abre, sim, a densa nevoa
Do vindoiro tempo escuro;
E ante meus �vidos olhos
Rasga as sombras do futuro;

Saiba meu justo dezejo
Quanto o destino promette
Aos nossos ardentes votos,
E aos da assustada Alegrete;

O Deos, que nunca em mim vio
De Odes moiras a man�a,
Que sem o assumpto honrarem,
Lhe deshonr�o a Poezia;

Que em Oiteiros de Oratorio
N�o lhe puz a Lyra ao frio,
Arriscando-a a ter por paga
Ou pedrada, ou assobio;

E muito mais porque vio,
Que da minha peti��o
Er�o sagrados motivos
A amizade, e a gratid�o;

Fez fuzilar em meus olhos
Nova luz, vedada, e pura;
E de tudo o que ent�o vi,
Vos vou fazer a pintura.

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Books | Photos | Paul Mutton | Fri 10th Jan 2025, 11:55