Obras poéticas by Nicolau Tolentino


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Page 6

O Silva, o Authomato honrado,[1]
Anda mais abstracto, e mudo;
P�e o doce antes da s�pa;
Queima o Caf�, quebra tudo;

[Nota de rodap� 1: Copeiro.]

O hirsuto, aust�ro Rodrigues,
Semblante de poucas pazes,
Desafoga a sua dor,
Dando murros nos rapazes;

Vossa Aya, de tres idades,
Em canto escuro assentada,
Vos manda calado pranto,
N'um cobertor abafada.

Outras vezes esquecida
De quanto seu Fado he cr�,
No queixo ajustando o len�o,
E sobrepondo o baj�:

Ergue ao ar cansados ossos;
E sem temer ventos frios,
Tirando-lhe Amor o pezo
Dos gelados p�s tardios;

Do bom costume enganada,
E com a uzada cautela,
Para dar, e ter, bons dias,
Vos vai abrir a janela;

A janela a desengana;
Renova-lhe a dor no peito;
Chama em v�o o vosso nome,
Abra�ando hum ermo leito.

Do peito das mais Creadas
A saudade se n�o risca,
Desde as Ayas ralhadoras,
T� � ladina Francisca.

E pois que o sangue de Reis,
Pois que a Augusta Ceremonia,
Bem a pezar das Creadas,
Vos trouxe a Santa Apollonia;

Ide, Senhora, mil vezes
Curar-lhes a fresca chaga;
Seu pranto he filho de amor,
E amor com amor se paga;

Na rica, airoza Berlinda,
Dando ao digno Espozo parte,
Aos patrios lares vos leve
Amor nos bra�os de Marte.

O T�jo, abaixando as ondas,
Vossos p�s vir� beijar;
Vai das Ninfas que creou,
Ver a Ninfa Tutelar.

Os Prazeres com os Rizos
Sej�o a vossa equipagem;
Rev�em em torno as Gra�as,
De quem sois a inveja, e a imagem:

Entrai nos tectos dourados,
Hoje lugar de saudade;
Ide, dos bra�os do Amor,
Lan�ar-vos nos da Amizade;

Levai-nos as doces noites,
Em que a voz que se escutava,
Sobre as azas da harmonia,
Nos nossos peitos entrava;

Quando o C�mico trav�sso,
Entre geitos, e corcovos,
Habilmente arremedava
Todos os Muzicos novos,

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Books | Photos | Paul Mutton | Fri 10th Jan 2025, 1:08