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Page 18
E preguntados os Procuradores, e povos se aprovavam esta senten�a,
respondeo por todos um Diogo Affonso Alcaide m�r de Toledo, que a todos
parecia bem a determina��o do Ifante Dom Manoel, por as rez�es que
dicera, e mais por a prodigalidade del-Rei Dom Affonso, que para o
resgate do Emperador de Constantinopla dera das rendas de Castella
cincoenta quintaes de prata, e mais por dar o Algarve a seu genro El-Rei
Dom Affonso de Portugal, e lhe quitar ajuda, e o servi�o dos cincoenta
Cavalleiros em que era obrigado, e por�m que lhe parecia couza honesta,
se ao Ifante Dom Sancho assi bem parecesse, que elle em vida del-Rei seu
Padre sen�o chamasse Rei, no que o Ifante consentio; e com esto a
obediencia de todos os Lugares logo foi alevantada a El-Rei, salvo a de
Sevilha, onde El-Rei se recolheo; e perseguido de muitas necessidades
enviando rogar, e encomendar aos Prelados, e pessoas de auctoridade do
Reino, que pozessem concordia, e boa paz antre elle, e seu filho, elles
segundo alguns dizem o n�o fizeram, antes o contrariavam.
Com esta tamanha necessidade enviou a pedir ajuda a El-Rei Dom Affonso
seu genro, que por em tempo de tanta fortuna ser agardecido �s boas
obras, e gra�as que delle tinha recebidas, lhe mandou trezentos
Cavalleiros Portuguezes pagos � sua custa por muito tempo, que por
honra, e servi�o del-Rei o fizeram de maneira em Castella, que sua fama,
e bom nome ser� sempre lembrada, e as Coronicas Despanha, que eu vi d�o
desso craro testemunho, e destes trezentos Cavalleiros de Portugal, que
vieram, e andaram em servi�o del-Rei Dom Affonso, creo que se tomou a
opini�o errada, que em alguns livros vi, em que tem, que a obriga��o de
que este Rei Dom Affonso relevou a El-Rei de Portugal seu genro, e a
El-Rei Dom Diniz seu neto, era de trezentos Cavalleiros com que era
obrigado de o ajudar, e servir quando lhe comprisse, a tal senten�a, e
opini�o s�o errados, porque a obriga��o, que El-Rei Dom Affonso, e
Ifante Dom Diniz seu filho tomaram por a sobcess�o do Algarve, do que
foram relevados, era s�mente de cincoenta Cavalleiros, que em vida
del-Rei Dom Affonso de Castella, contra todolos Reis Despanha lhe haviam
de dar, e a verdade desto eu Coronista verdadeiramente a vi nas proprias
doa�es, quita�es, e privilegios assellados, e auctorizados, que
sobresso se concederam, os quais est�o no Castello de Lisboa, na Torre
do Tombo de Portugal, de que eu sou Guarda m�r, e outros semelhantes
deve haver nos Cartorios de Castella.
E por�m a guerra, e desaven�a antre El-Rei Dom Affonso de Castella, e o
Ifante Dom Sancho seu filho durou muitos annos, nem cessou, salvo por
morte del-Rei, em cuja vida padeceo muitas necessidades, e foi sempre
perseguido de mui contrairas fortunas, por as quaes meteo por sua ajuda
em Espanha Aben�af Rei de Marrocos, e seus filhos a que se diz, que
antes de entrarem empenhou sua Coroa por sessenta mil dobras, o qual com
grandes gentes, e poder de Mouros correo a terra dos Christ�os, e sem
aproveitarem ao dito Rei de Castella fazendo primeiro nellas muitos
danos, e estragos se volveo em Africa, como na Coronica de Castella esto
milhor, e com mais particularidade se declara.
CAPITULO XVI
_Do falecimento del-Rei D. Affonso de Portugal, como antes de seu
falecimento deu Caza ao Ifante Dom Diniz seu filho herdeiro_
A este tempo chegada a era de mil duzentos setenta e oito, (1278) El-Rei
Dom Affonso de Portugal sendo j� velho de setenta annos, e perseguido de
dores, e paix�es de velhice, por descan�ar em alguma parte dos
trabalhos, e cuidados do Reino, ao Ifante Dom Diniz seu filho, que era
de dezoito annos, e n�o era cazado, deu-lhe Caza em Lisboa a dezaseis
dias de Junho do anno sobre dito, e de seu assentamento alem doutras
couzas, lhe ordenou logo mais em dinheiros quarenta mil livras de moeda
antiga, que valiam a respeito dos pre�os, e valor do ouro, e da prata
dagora dezaseis mil cruzados, porque naquella tempo, segundo � bem
verificado, uma livra valia vinte soldos, e duas livras e meia faziam
cincoenta soldos, que valiam um maravedi douro, que no pre�o, e pezo
eram os maravedis douro como agora s�o os cruzados, e ducados.
E do dia que El-Rei deu assi Caza ao Ifante seu filho, e a nove mezes
primeiros seguintes, tendo j� feito em mui inteiro acordo seu solene
Testamento, arrependido de seus peccados recebendo como bom Catholico, e
fiel Christ�o todolos Sacramentos para bem de sua alma, em Lisboa a
vinte dias de Mar�o de mil e duzentos setenta e nove, (1279) acabou sua
vida, e deu sua alma a Deos, em idade de setenta annos, dos quais Reino
trinta e dous, e foi logo soterrado no Moesteiro de S�o Domingos de
Lisboa, que elle novamente fez, e depois na era de mil e duzentos e
oitenta e nove, foi tresladado seu corpo ao Moesteiro Dalcoba�a, pela
Rainha Dona Breatiz sua molher, que ficou viva, e se mandou depois
enterrar com elle no dito Moesteiro Dalcoba�a, onde ambos jazem.
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